Então me diz

O que fazes e como te fizeste
neste trunfo da cratera
que lança noites e vingança
ao pó de quem tu eras?
Estais soluça na busca desta revelação,
mas saibas que os verões
não te vão deixar sobreviver;
pelas camadas mais alcançáveis do solo
estais com ventre e anéis espalhados
Enfileiras teus fracassos nesta via
Nada te ajuda a esfumar tuas perdas
num minuto, em uma apenas aplicação de soro
Abstenhas-te destas cores, do sorriso que tu amas
mesmo quando as chuvas não passarem
e o vinho bloquear na tua garganta;
Fincas-te na vida, a virada da cova
num relance da tua exaustão
e desentenda o que existe
para adiar esta tua mutilação
(03-04/02/07)
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